O método mais seguro e econômico para transportar óleos, gases e produtos químicos em longas distâncias é o transporte dutoviário devido a sua grande eficiência e segurança, pois pode transportar grande quantidade de carga, diminuindo o tráfego de substâncias perigosas e a incidência de desastres ecológicos.
Esse método é comumente utilizado no exterior, sendo um dos mais importantes meios de transporte, empregado nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil a utilização começou na década de 50 e hoje, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) no país, cerca de 4% dos transportes é realizado por dutovias.
O transporte Dutoviário pode ser dividido em:
- Oleodutos, cujos produtos transportados são, em sua grande maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros.
- Minerodutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de ferro e Concentrado Fosfático.
- Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural.
Como muitos desses dutos passam próximos ou sob estradas, rodovias, vias navegáveis e mesmo dentro das cidades, é necessário dispor de meios que permitam monitorar, avaliar e assegurar a integridade do duto, diminuindo o risco de vazamentos e consequentemente evitando danos contra o meio ambiente e a população.
Os ensaios não destrutivos vêm sendo utilizados com eficiência na avaliação das condições de dutos na indústria de petróleo, principalmente devido às grandes consequências de uma falha nesse sistema, que vai desde desastres ambientais até perdas de vidas humanas.
A inspeção de perda de parede em suportes de tubos e vasos é complicada devido ao acesso limitado, portanto técnicas indiretas são necessárias para posicionar os sensores longe da área de interesse. A morfologia da corrosão e a geometria do tubo podem produzir caminhos de transmissão muito complexos e atenuação em diferentes ângulos.
As técnicas ultrassônicas convencionais dependem de dados de apenas um único ângulo e podem exigir análise de dados altamente qualificada, já a técnica de ultrassom Phased Array, que dentre as diversas possibilidades que possui, se destacam a capacidade de deflexão angular e a focalização do feixe em diferentes profundidades e por diferentes distâncias, a partir de uma única posição do transdutor.
Umas das opções para a obtenção de resultados mais precisos e confiáveis na inspeção de dutos na indústria de petróleo e gás é a utilização do Veo3 da Sonatest juntamente com o scanner Magman da Phoenix.
O Veo3 possui um recurso integrado completo que requer apenas uma única plataforma Phased Array, sem a necessidade de nenhuma ferramenta de software adicional, podendo ser feito o planejamento da inspeção, diretamente no equipamento. O scanner Magmam foi projetado para inspeção de solda em tubos usando vários cabeçotes, incluindo ToFD, Phased Array e Pulso-Eco em ambos lados de uma solda longitudinal de um tubo.
Essa configuração de sistema manual de inspeção, pode inspecionar diâmetros a partir de 1,5”, circunferencialmente e a partir de 9”, longitudinalmente, além de disponibilizar visualização A-Scan corrigida, incluindo uma régua de profundidade real sendo possível efetuar a varredura setorial com sobreposição de tubulação integrada com foco de resolução constante para otimizar o número de feixes na região de interesse, aliados a utilização de cabeçotes e cabos de alta qualidade, garantindo um ótimo custo x benefício.
Considerando a qualificação do método de ensaio não destrutivo a ser utilizado, a inspeção por ultrassom Phased Array proporciona uma maior confiabilidade nos resultados alcançados na fase de inspeção, pois permite a visualização e o dimensionamento do comprimento e a altura das descontinuidades, recurso fundamental para a confiabilidade da integridade estrutural dos dutos da indústria de petróleo e gás.
Escrito por: Lidiane Oliveira
