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Garantindo a segurança por meio dos ensaios não destrutivos: a importância do mapeamento em chapas de fundo de tanque de armazenamento de petróleo

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Garantindo a segurança por meio dos ensaios não destrutivos: a importância do mapeamento em chapas de fundo de tanque de armazenamento de petróleo

Os ensaios não destrutivos (END) são utilizados para identificar problemas em produtos antes que causem danos às pessoas, pois permitem identificar problemas potenciais antes que causem acidentes industriais, como por exemplo explosões, vazamentos, desabamentos e outras ocorrências graves, inclusive com mortes, garantido assim não somente à produtividade, mas a manutenção da segurança e da vida.

Em se tratando de armazenamento de produtos químicos, reduzir o risco de vazamento é imprescindível, uma vez que a corrosão do tanque de armazenamento pode afetar a vida humana e animal em sua volta, causar um grande impacto no lucro operacional pela a perda de produto, pelas paradas não-programadas e pelos reparos prolongados para manutenção corretiva, além com indenizações e multas por violações legais, sendo assim é fundamental garantir a segurança e confiabilidade dos tanques.

Essa segurança e confiabilidade podem ser garantidas na construção desses tanques de armazenamento de acordo com as melhores normas de padronização e na realização de ensaios não destrutivos, obedecendo as normas de inspeção estabelecidas e dentro da periodicidade recomendada para identificação dos possíveis riscos.

Exemplo de tanque metálico de armazenamento

Algumas das várias técnicas de inspeção de fundo de tanque existentes hoje e utilizadas amplamente pela indústria são:

  1. Medição de espessura
  2. MFL Manual
  3. MFL Automatizado
  4. Outras técnicas de Ultrassom, tais quais mapeamento de corrosão manual e automatizado, mapeamento de corrosão por phased array manual e detector de falhas convencional.

Atualmente a técnica de inspeção não destrutiva de detecção do campo de fuga, mais conhecida pela sigla MFL do inglês Magnetic Flux Leakage (Técnica do vazamento de fluxo magnético) é uma das técnicas mais utilizadas pelas refinarias do Brasil para o mapeamento de corrosão em chapas de fundo de tanque.

Essa técnica consiste na magnetização da região de interesse de inspeção e no tratamento da perturbação do sinal do campo magnético ocasionado pelas descontinuidades, incluindo as perdas de espessura por corrosão. Como resultado da inspeção apresenta dados qualitativos indicando o percentual aproximado de perda de material nas chapas do fundo, ocasionados pela corrosão, que pode se dar tanto do lado da chapa que fica em contato com o produto, quanto pelo lado da chapa que fica em contato pelo solo.

Dentre os equipamentos utilizados pelos prestadores de serviços contratados por essas refinarias no Brasil, está o equipamento TruFlux da fabricante inglesa Baugh and Weedon, esse scanner possui alta resolução e detecta corrosão nas superfícies superior e inferior, atendendo a norma API653, além de produzir imagens topográficas de alta precisão de placas de chão de tanque de armazenamento de 6-12mm, possuindo recursos de design inovadores focados no operador.

Ensaio de MFL – Magnetic Flux Leakage com Truflux.

Uma vez que os períodos entre uma inspeção e outra nos tanques são muito longos, duas variáveis devem ser consideradas: a quantidade de perda de material da chapa provocado pelo processo corrosivo e o tempo em que esteve sob o processo corrosivo até a inspeção do tanque com o Truflux. Com esses dados, o proprietário do tanque vai decidir sobre as estratégias de manutenção, ou seja, em função dos resultados do mapeamento por MFL, é que a empresa irá definir quais os reparos que deverão ser realizados de imediato e quais deverão ser realizados na próxima parada de manutenção.

Em algumas refinarias de petróleo no Brasil, a regra é que se mais de 50% das chapas estão muito comprometidas, o ideal é trocar toda a chaparia do fundo. Pois se optarem por fazer reparos nas chapas comprometidas, os custos de manutenção não se justificam, pois os problemas serão recorrentes. Então nessa situação, é melhor trocar 100% das chapas, com isso, os custos de manutenção serão menores a longo prazo.

Em outras refinarias, o critério é que se a perda de espessura chega a 40%, já é necessário fazer manutenção naqueles pontos ou áreas onde a perda de material ocorreu, sendo assim, cada proprietário pode definir os critérios para o reparo com base nos resultados das inspeções, levando em consideração também, cada tipo de tanque e os produtos que eles armazenam.

Como podemos observar a utilização de equipamentos com recursos altamente avançados possibilita que o resultado da inspeção indique de forma mais concreta quais as ações a serem tomadas, para impedir o avanço da corrosão no tanque e os impactos que esse avanço terá sobre o lucro operacional da empresa. Cada caso é um caso, mas as questões de segurança que devem ser observadas pela equipe de inspeção, são comuns a todos, independentemente de onde você esteja fazendo a inspeção.

*Escrito por: Lidiane Oliveira e Wagner Martins.
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