O Ensaio por Correntes Parasitas (ECT) é rotineiramente aplicado para inspecionar componentes de aeronaves em busca de trincas superficiais e subsuperficiais, corrosão e danos por calor. Também ajuda a detectar falhas em componentes automotivos, como engrenagens, blocos de motor e partes do chassi, que passam por um estresse e desgaste significativos. O ECT é usado para medir a espessura de revestimentos, identificar o grau do material e inspecionar juntas soldadas, contribuindo para a confiabilidade e longevidade do produto. A seleção correta dos aparelhos de ensaio por correntes é crucial para alcançar os objetivos específicos de ensaio.
Tipos de aparelhos de correntes parasitas e seus usos específicos
- Detectores de falhas por correntes parasitas
São aparelhos portáteis ou de mão que geram campos eletromagnéticos para inspecionar a superfície e subsuperfície rasa de materiais condutivos. Eles operam induzindo correntes parasitas no material inspecionado, e qualquer interrupção nessas correntes causada por trincas, corrosão ou outros defeitos é detectada através de variações no campo eletromagnético resultante.
São comumente usados nas indústrias aeroespacial e de manufatura para garantir a qualidade e segurança do material, especialmente para componentes críticos como pás de turbina, fuselagens de aeronaves e peças de motores.
- Medidores de condutividade
São aparelhos de ensaio por Correntes Parasitas projetados para medir a condutividade elétrica de materiais gerando uma pequena corrente alternada em uma sonda. Eles avaliam a capacidade do material de conduzir eletricidade, afetada por fatores como composição da liga e tratamento térmico. As leituras são exibidas em uma tela digital, com alguns modelos fornecendo dados adicionais sobre resistividade ou conteúdo não metálico. Ajudam a classificar ligas para controle de qualidade, identificação de materiais e detecção de danos por calor.
- Aparelhos de correntes parasitas de múltiplas frequências
Eles oferecem capacidades de detecção aprimoradas utilizando múltiplas frequências para avaliar materiais em profundidades variadas. Alternando entre frequências, esses aparelhos detectam falhas tanto na superfície quanto na subsuperfície, melhorando sua sensibilidade e permitindo que penetrem mais profundamente no material.
O operador pode selecionar faixas de frequência com base em requisitos específicos, permitindo inspeções mais personalizadas. Muitos aparelhos modernos de múltiplas frequências estão equipados com registro automático de dados e integração de software. Esses aparelhos são valiosos para inspeções detalhadas onde falhas na superfície e na subsuperfície precisam ser identificadas, como na manutenção de aeronaves e inspeções de infraestrutura energética.
Como escolher o aparelho de correntes parasitas certo para suas necessidades?
Selecionar o aparelho de corrente parasita mais eficaz é crucial para atingir resultados precisos e confiáveis em aplicações de Ensaios Não Destrutivos (END). Ao escolher um aparelho de corrente parasita, considere os seguintes critérios para garantir compatibilidade ideal com os objetivos de ensaio:
- Profundidade da inspeção e tipo de defeito: Avalie a profundidade necessária para a detecção de falhas (superficiais, subsuperficiais ou análises mais profundas). Leve em conta os tipos de defeitos comumente encontrados, como rachaduras, corrosão ou inclusões, e garanta que a sensibilidade do aparelho atenda a essas necessidades.
- Requisitos de frequência: Frequências mais altas permitem a inspeção de superfícies, enquanto frequências mais baixas facilitam a penetração mais profunda no material. Ajuste a configuração de frequência conforme o tipo de material e a profundidade da inspeção.
- Compatibilidade da sonda: O aparelho deve suportar os tipos de sondas de correntes parasitas necessárias para a aplicação, como sondas rotativas, de matriz ou de lápis. Considere a versatilidade se vários tipos de sonda forem necessários, ou selecione um sistema especializado para requisitos específicos de sonda.
- Necessidades de processamento de dados: Avalie as capacidades de processamento e análise de dados do dispositivo, incluindo geração de imagens, visualização de defeitos em tempo real e opções de armazenamento de relatórios. Verifique a compatibilidade do software e as opções de interface digital se for necessária exportação de dados ou análise remota.
- Portabilidade e durabilidade: Inspeções de campo exigem equipamentos portáteis e robustos; procure dispositivos leves e alimentados por bateria com invólucros resistentes às intempéries. Avalie a durabilidade para ambientes exigentes.
- Custo-benefício e facilidade de manutenção: Equilibre o custo inicial com a longevidade antecipada e as necessidades de manutenção do aparelho selecionado. Prefira sistemas com procedimentos de manutenção simples e suporte de serviço prontamente disponível para reduzir o tempo de inatividade operacional.